quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Eu sinto que todos sofrem...
Muito mais do que eu inclusive...
(peraí, eu sofro?) rsrs nãaaao... rs
Quanta dor que existe... mas sofrer é opcional. Acreditem.
Nem consigo chamar nada de ruim na minha vida de sofrimento... 
não dá.
Já tem muita gente lamentando ao meu redor.
Já os que não lamentam,
eu dariam meu ombro para eles chorarem.
Guerreiros de verdade.
Não por não lamentarem,
mas por terem todos os motivos pra isso
e mesmo assim seguirem em frente.
Cai lágrima
e rega meu sorriso
que logo vai brotar. 
Aaaah o século XXI...
Onde é proibido ficar triste e qualquer lágrima é considerada sinal de depressão,
Qualquer choro é controlado com antidepressivos,
Qualquer necessidade de solidão é tido como doença psicológica...
Onde o silencio atinge quem está em volta
Igualmente uma metralhadora de palavrões.
Mas a verdade é que quem fica triste, é sinal que já fora feliz.
O choro é sinal de sensibilidade, quem não chora é quem precisa de remédio.
E sobre a necessidade de solidão... todo mundo devia ter um momento só para si.
O silencio incomoda? É sinal de que todos se acostumaram com as respostas prontas. As vezes é melhor o silencio do que uma conversa regada a raiva. Evita a mágoa e problemas do coração.
Em alguns tempos me sinto tão cansada e digo pra mim mesma que chegou a hora de descer do ônibus mesmo sem ter chegado no ponto.
A sensação é de que este não é o meu tempo, o meu lugar, a minha vida.
Estão me escondo, desligo tudo.
Me nego a sair de casa e me deito na cama em plena duas da tarde de uma terça-feira.
Me cubro até a cabeça e lá fora são dias de verão.
Absolutamente nada tem um sentido absoluto e quando se nasce sensível as coisas do mundo, inevitavelmente se é mais sensível a dor e não há remédio.
Tantos se matam outros tantos enlouquecem e invejam os cegos perante a vida.
Em noites deitados no chão do banheiro, nos arrastamos buscando respostas para tantas incertezas, mas tudo que nos resta é a nossa incompreensão.
Uma sacola de plástico asfixia nossas almas, mas buscamos mais um sopro a inundar os pulmões.
Ainda estamos vivos, entre gargantas fechadas e olhos inchados.
Arduamente sobrevivemos e tentamos não descrer de tudo ou do nada.
Ainda haverão dias lá fora, o sol nascerá.
Então fechamos nossas tristezas em uma gaveta amarela e saímos a falar sobre o belo do mundo.
As coisas já são duras o suficiente, tentemos anestesiá-las, não endurecê-las ainda mais.